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A colheita

1565
On view at The Met Fifth Avenue in Gallery 638
Esta pintura representa a colheita em agosto e setembro com os agricultores fazendo uma pausa para o almoço à sombra de uma árvore, enquanto a distância algumas figuras se divertem e barcos içam velas no porto. Graças a sua extrema sensibilidade aos aspectos da natureza, Bruegel criou um ponto de mutação na história da pintura ocidental, em que não é utilizado mais um pretexto religioso a fim de representar a paisagem e uma afirmação de um novo humanismo. A descrição de Bruegel da cena local não é idealizada, mas baseada na observação da natureza e das atividades do homem. A largura “da paisagem em comparação com o resto da composição indica que a atenção de Bruegel não estava voltada para as atividades que marcam esta época do ano, mas para a atmosfera e a transformação da mesma paisagem. A obra que era parte de uma série de seis pinturas dedicadas às estações do ano, foi encomendada a Bruegel por Niclaes Jongelinck, comerciante da Antuérpia.

Artwork Details

Object Information
  • Título: A colheita
  • Artista: Pieter Bruegel, o Ancião, neerlandês, ca. 1525–1569
  • Data: 1565
  • Meio: Óleo sobre madeira
  • Dimensões: Dimensões gerais, incluindo tiras de madeira adicionadas no topo, embaixo e à direita; 119 x 162 cm, superfície pintada original; 116,5 x 159,5 cm
  • Linha de créditos: Fundo Rogers, 1919
  • Número de acesso: 19.164
  • Curatorial Department: European Paintings

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Cover Image for 5179. A colheita

5179. A colheita

Pieter Bruegel the Elder, 1565

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MARYAN AINSWORTH: Estamos diante de uma das mais incríveis paisagens da coleção do Met: Os Ceifeiros, de Pieter Bruegel, o Velho. O clima aqui, de atmosfera úmida e quente, é palpável, bem como a exaustão dos trabalhadores durante a sua pausa para a refeição do meio-dia.

KEITH CHRISTIANSEN: Curadora Maryan Ainsworth.

Os Ceifeiros provavelmente representa os meses de agosto e setembro em uma série de seis quadros dedicados aos 12 meses do ano.

MARYAN AINSWORTH: A série certamente pode ser considerada um divisor de águas na história da arte ocidental. Foi totalmente abandonado aqui o conceito amplamente seguido por artistas renascentistas da Itália e do norte da Europa que limitava a paisagem a um mero instrumento da pintura devocional cristã. Em seu lugar há realmente um novo humanismo. E em uma extraordinária inversão de representações anteriores, temos aqui cenas não idealizadas de camponeses cultivando a terra, cuidando do rebanho e caçando. São eles que aparecem nesta paisagem dominante.

Sempre penso que é maravilhoso ver como as figuras se fundiram com a natureza. Observando o campo à direita, as mulheres que se curvam para reunir os feixes de trigo transmitem a impressão de também se fundirem com eles em uma forma triangular ao se curvarem para alcançar o solo.

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